A Jornada De Implementação De PSM Em Uma Empresa Do Setor Sucroenergético

As usinas de açúcar e etanol no Brasil fazem parte da história da economia do país e nas últimas décadas passaram por inúmeras transformações, devido aos avanços tecnológicos no campo e na indústria.

Evoluíram para um ciclo de produção sustentável, onde nada se perde, em um modelo nato de economia circular. Os principais subprodutos gerados como por exemplo, o bagaço da cana-de-açúcar é transformado em energia renovável, que complementa a matriz energética brasileira e ainda a vinhaça e torta de filtro são reaproveitadas na fertirrigação e adubação da cana, e outros subprodutos como óleo fúsel é comercializado.

Outro marco importante para a transformação do setor foi a entrada há mais de uma década atrás de grandes grupos empresariais internacionais por meio de diversas fusões e aquisições, que contribuíram para acelerar e aumentar a profissionalização das usinas e seus processos.

Conceitos relativos à Segurança de Processo nas operações começaram a ser implementados, assim como Gerenciamento de Mudança, Gestão de Vazamentos, Análise de Riscos de Processo, Gestão de Risco, Capacitação, entre outros, emergiram e passaram a ser considerados nos planos diretores dessas empresas.

A ideia deste trabalho é apresentar a jornada de implantação de Segurança de Processo no setor sucroenergético no Brasil e a forma como foram endereçadas as dificuldades encontradas neste processo, que vão desde a falta de documentação técnica, baixo padrão construtivo de equipamentos e a alta tolerância do setor a vazamentos. Além de explanar ainda a adequação das metodologias conhecidas mundialmente como HAZOP, LOPA, Override, Envelope Operacional, SCE e Comissionamento à realidade do setor, e ainda o método utilizado para construção de uma matriz de competências para o desenvolvimento técnico dos times operacionais na disciplina Segurança de Processo.”