Gestão De Segurança De Processos e Integridade De Ativos - Corrosão Sob Isolamento
CCPS Latin American Conference on Process Safety
2024
10th Latin American Conference on Process Safety
General Program
Asset Integrity and Reliability
Para Segurança de Processos atingir um patamar de excelência dentro de uma companhia, ela deve ser composta por diferentes programas que possuem funções particulares para evitar ou mitigar eventos catastróficos. Dentre estes programas, Integridade de ativos possui uma influência significativa mantendo produtos e energias controlados nos processos perigosos. Dentre as falhas oriundas da má gestão de integridade de ativos, existem falhas mais simples de serem detectadas, normalmente cobertas nas rotinas de manutenção periódica, e falhas ocultas, onde a inspeção e detecção possuem maior complexidade, como no caso a corrosão sob isolamento (CUI - Corrosion under insulation).
A corrosão sob isolamento possui difÃcil detecção por ser inacessÃvel para inspeção visual e para ensaios não destrutivos, como ultrassom. Nos equipamentos onde não há uma estratégia especÃfica para identificação do modo de falha, existe a alta probabilidade de uma corrosão sob isolamento no equipamento ou tubulação evoluir até a perda de contenção primária. Alguns processos térmicos, como os de refrigeração industriais, possuem a condensação na superfÃcie externa dos equipamentos presente a todo momento devido as baixas temperaturas, onde que geralmente os fluÃdos utilizados são altamente perigosos, como no caso da Amônia Anidra NH3. Para tais processos, um isolamento danificado, ineficiente ou mal projetado permite o contato do ar com a superfÃcie do equipamento, gerando a condensação do ar sobre a superfÃcie e acelerando o processo de corrosão nestes locais.
De acordo com a NACE (National Association of Corrosion Engineers), a corrosão gerou um prejuÃzo global de U$2,5 bilhões em 2016. E o CUI é responsável por aproximadamente 50% do custo de manutenção relacionado a corrosão. O Programa de integridade Mecânica da Cargill (MIP), baseado nas API570 e API583, traz informações sobre os modos de falha oriundos do CUI, metodologias especÃficas para realizar avaliações com intuito de encontrar este tipo especÃfico de corrosão, indicação de áreas a serem inspecionadas para identificar e mensurar o potencial dano causado por este modo de falha oculto da corrosão, com foco em evitar uma perda de contenção primária com potencial catastrófico nestes sistemas.
Em 2017, a Cargill realizou a inspeção CUI em quatro sistemas de amônia anidra de diferentes localidades no Brasil para encontrar a vulnerabilidade que estes sistemas estavam sujeitos referente a corrosão sob isolamento e realizar as tratativas necessárias para evitar uma perda de contenção. A metodologia realizada foi baseada na aplicação através dos seguintes passos: 1. Identificação das condições climáticas do local para auxiliar na inspeção baseada em risco e categorização dos achados da inspeção. 2. Realização de inspeção visual em 100% da tubulação e equipamentos isolados. 3. Realização de inspeção termográfica em 100% da tubulação para encontrar deltas de temperatura que indicam umidade ou avaria no isolamento térmico. 4. Para os pontos com isolamento danificado ou defeitos detectados durante termografia, é obrigatório remoção do isolamento e medição de espessura por ultrassom, caso a espessura real esteja 40% abaixo do valor nominal, deve ser realizado o reparo ou substituição do trecho de tubulação ou equipamento para reestabelecer a condição nominal e evitar a perda de contenção primária.
Após aplicação da metodologia, foi detectado nestes quatro sistemas um total de 155 achados durante inspeção divididos entre baixo, médio e alto risco para auxÃlio na priorização das correções. A aplicação da metodologia foi responsável no reestabelecimento da confiabilidade dos equipamentos e tubulações deste sistema para evitar uma perda de contenção primária devido a corrosão sob isolamento. Contudo, tão importante quanto a definição e aplicação das metodologias de inspeção CUI, é tornar este processo sustentável, sistematizando a rotina de inspeção dentro de um CMMS (Sistema de gestão manutenção computadorizado), considerando definição da metodologia e frequência para que regularmente sejam feitas as inspeções para agir proativamente e mitigar a corrosão sob isolamento nos processos. |
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