Identificação De Perigos e Análise De Riscos Na Indústria Da Mineração | AIChE

Identificação De Perigos e Análise De Riscos Na Indústria Da Mineração

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O trabalho se propõe a apresentar a aplicação prática da metodologia de seleção de potenciais cenários relacionados a perigos e análise de riscos na atividade de mineração, nos últimos 3 anos, com a utilização do Bowtie como ferramenta para os estudos realizados.

Ainda que HIRA seja acrônimo para a expressão em inglês “Hazard Identification and Risk Analysis” (identificação de perigos e análise de riscos), na forma como a usamos, a metodologia é melhor descrita como “seleção de perigos e análise de riscos”. A identificação inicial dos perigos é realizada em etapa anterior, usando técnicas tais como HAZOP, APR, etc. Porém é importante destacar que para cenários que não passaram por análise de risco inicial, pode ser aplicada a metodologia do HIRA integrando as duas etapas de avaliação inicial e análise crítica dos perigos, riscos e gestão da prevenção de potenciais acidentes operacionais relacionados aos cenários avaliados.

A aplicação da metodologia para atividades de mineração teve sua origem em demanda do ICMM (International Council of Mining and Metal) quando em 2015, publicou o “Guia de Boas Práticas de Gestão de Controles Críticos em Saúde e Segurança” com o objetivo de melhorar o controle gerencial sobre eventos raros, mas potencialmente catastróficos, por eles referidos como MUE – Material Unwanted Events – por meio da ênfase em controles críticos (barreiras de segurança), a ser usado na indústria de mineração e metais. Iniciativa que contribuiu de forma direta para que a área de integridade e confiabilidade de ativos se integre de forma sistêmica à gestão de segurança operacional das empresas.

Posteriormente, o ICMM publicou o Guia de Implementação da GCC (Gestão de Controles Críticos), que fornece orientações práticas adicionais para a prevenção de MUE e usa estudos de caso para demonstrar a abordagem de GCC, oferecendo medidas para alcançar os resultados almejados em cada etapa que compõem a GCC relacionados aos cenários avaliados.

Com o uso da ferramenta Bowtie, conhecendo-se os perigos existentes no projeto ou nas operações, são identificados os controles críticos existentes e/ou propostos novos controles preventivos ou mitigadores.

Os controles devem ser gerenciados pelos “donos dos riscos”, 1ª linha de defesa, para estarem íntegros e funcionais para evitar que os eventos iniciadores de potenciais acidentes possam levar a materialização do MUE em estudo.

Vale destacar que também os controles mitigatórios devem estar implementados e confiáveis para assegurar a minimização dos efeitos/ consequências no caso da materialização do evento topo (MUE).

Dentre os controles desenvolvidos, utilizando-se com referência árvores de decisão oriundas do ICMM, são selecionados os chamados controles críticos, que terão tratamento diferenciado, com criação de documentos que auxiliarão os responsáveis por eles na sua gestão eficaz, nestes documentos é detalhado, inclusive, os itens de verificação de sua integridade e confiabilidade.

Além dos controles críticos a metodologia também entrega a classificação de risco, na matriz de risco da empresa, dos MUEs (eventos indesejados) avaliados, em risco inerente, residual e projetado.

Importante ressaltar que estas atividades foram adaptadas, com sucesso, para serem desenvolvidas de forma remota mediante reuniões virtuais, com presença de representantes de várias áreas dos clientes e de consultores da RSE.

Até o momento a RSE realizou mais de 20 avaliações de cenários na área de produção e mais de 15 estudos para novos projetos, tanto na fase de FEL 3 quanto na fase de implantação.

A metodologia usada também suporta os clientes na gestão eficaz dos controles críticos estabelecidos, através de verificações presenciais periódicas da integridade e da confiabilidade destes controles.

A metodologia pode e deve ser aplicada não somente para a atividade de mineração, mas para qualquer outra atividade industrial ou empresarial, tanto nas diversas fases de um projeto quanto para as atividades de produção / operação.

Importante destacar que as oportunidades de melhoria identificadas e implementadas nos MUEs estudados, de forma ampla são tratadas a nível de abrangência para todos os demais cenários como um todo, promovendo um grande ganho na gestão de riscos e da integridade e confiabilidade dos ativos industriais

Resultados na prevenção de grandes acidentes e na formação de cultura preventiva em segurança de processo têm sido conquistados em dezenas de empresas em todo o mundo com o uso da desta metodologia.

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